quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O QUE É UM MILAGRE?


Milagre é algo que todos já ouviram falar, poucos crêem e muitos esperam!
Essa é a minha definição de milagre.
O milagre, na concepção religiosa é totalmente vinculado a fé, quem tem fé, tem que crer na possibilidade do
milagre, e quem deseja alcançar algo que considere um milagre, não o conseguirá sem a
premissa da fé.
Então o milagre seria a suspensão temporária de leis naturais; a ocorrência de impossibilidades matemáticas, a contradição das certezas científicas. Entretanto o impossível das verdades científicas de uma época é o ordinário da subsequente.

Quem ou o que seria o agente com a capacidade de causa e efeito, de transgredir as leis
naturais?
As narrativas dos milagres datam de uma época em que não se contestava a existência do sobrenatural, nem tão pouco pensava-se na hipótese de provar a existência de Deus ou dos deuses, nos casos politeístas. Então nada mais natural que aquele que criou as leis, "O Incriado"possa ser o único a agir sobre as mesmas, suspendê-las ou alterá-las.

Quem seria o eleito merecedor dessa ocorrência extraordinária?
O fiel que aciona dentro de si o religare de modo imperioso, recebe e percebe a partícula, ínfima, porém presente do Incriado dentro dele. E como tal ou por tal, consegue transformar a potência latente e adormecida em fé inabalável, em ato de criar.
Nas religiões que adotam o conceito de carma, além de fé, o fiel tem que ser ou tornar-se

merecedor de algo tão extraordinário.


Quem teria a autoridade incontestável de decidir sobre a veracidade ou falsidade do fato?
Os livros sagrados, bem como os sacerdotes representantes de suas religiões, seriam a autoridade máxima para reconhecer um ato miraculoso. Mas a crença inabalável das massas não necessita da aprovação ou negação por parte das autoridades religiosas ou científicas para
eleger um milagre, especialmente se for o seu próprio milagre, a sua própria experiência.

Como podem analisar, não é possível responder definitivamente a nenhuma das questões levantadas, sem gerar novas possibilidades de teses e argumentos científicos, religiosos, doutrinários, teólogicos e filosóficos.
TEXTO DE CLAUDIA BAIBICH

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