quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

VOCABULÁRIO CATÓLICO - P Q R S T U

GLOSSÁRIO CATÓLICO
PADRE Ministro do culto, aquele que recebeu o sacramento da ordem. Celebra a missa e é confessor.
PAGÃO Assim eram designados pelos cristãos os fiéis de outras religiões, com exceção dos judeus.
PALA É um pequeno quadrado de tecido branco engomado que, na liturgia cristã, serve para cobrir a patena ou o cálice durante a missa. É usada desde o século XIII.
PAPA A Igreja do Oriente dava esse nome, que significa pai, a qualquer bispo. Foi somente a partir do séc. XI que esse título foi dado somente ao bispo de Roma. O papa é considerado sucessor de Pedro, o primeiro papa, sendo por isso, o chefe visível da Igreja Católica.
PARÁBOLA Narração alegórica, que encerra uma verdade importante ou um preceito de moral.
PARAMENTOS Esse nome é dado às vestes litúrgicas, que variam em sua qualidade e formas, conforme a localidade.

PÁROCO Sacerdote que tem a seu cargo uma paróquia (território), tendo a função de anunciar a palavra de Deus aos que ali vivem.

PATENA Disco circular de ouro que serve para cobrir o cálice da hóstia e recebê-la. Representa simbolicamente a pedra sobre a qual repousa o corpo de Cristo.

PECADO Ação que ofende a Deus e que o separa Dele.
PEDRA DARA Parte central do altar onde está alojada a relíquia de algum Santo ou Mártir da Igreja. É sobre essa “pedra” que o padre estende o corporal e deposita os cálices e a patena para realizar a consagração da hóstia e do vinho.
PENITÊNCIA É o sacramento da reconciliação do pecador com Deus, por meio da confissão de seus pecados, obtida pela absolvição sacramental expressa pela fórmula trinitária: "Eu te absolvo de teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Não há ação litúrgica do mistério da salvação que não requeira antes a reconciliação com o Senhor.
PEREGRINAÇÃO É uma viagem ou deslocamento para um lugar considerado sagrado ou onde tenha havido algum milagre. O impulso a essa trajetória é um ato de fé e a meta a alcançar, ao chegar, é receber desse local a cura, a saúde e o perdão.
PERSEGUIÇÃO Violência espontânea ou organizada contra fiéis de uma religião tida como subversiva ou herética. É praticada por autoridades civis ou grupos de religiões discordantes.
PIA DE ÁGUA BENTA É um recipiente de formas e de materiais diversos (mármore, pedra, prata, latão, marfim etc.) destinado a conter água benta. O uso de um vaso em que conservar a água benta passou a ser obrigatório por ordem do papa Leão IV (século IX), mas os primeiros exemplares de pias de água benta remontam ao século X e são portáteis (pia de água benta em marfim do arcebispo Godofredo, Milão, Tesouro do duomo). Mais tarde, durante a Idade Média, a pia de água benta tornou-se um acessório fixo na igreja, como elemento arquitetônico isolado, ou como bacia saliente numa pilastra ou na própria parede. A partir do século XIII, assume características de riqueza e grandiosidade cada vez maior (pia de água benta de Nicola e Giovanni Pisano em San Giovanni Fuorcivitas, em Pistóia), que chegaram ao ápice com o barroco nas famosas pias de água benta de G.L. Bernini em São Pedro.
PILATOS, PÔNCIO Era um procurador romano na Judéia (26- 36 d.C.), e é apresentado nos evangelhos como o juiz no processo civil de Jesus (Mt 27; Mc 15; Lc 23; Jô 18, 28 ss.).

PNEUMATOLOGIA Do grego pneuma, atos + logos, tratado dos espíritos; que trata dos espíritos.
POLIFONIA SAGRADA Designação dada pelos documentos da Igreja à música sacra, que surgiu no fim na Renascença com tal perfeição que foi destinada ao uso litúrgico.
PONTÍFICE É o título atribuído ao papa, assim como “Pontífice Romano”, ou “sumo-pontífice”. Pode vir a ser também designado a algum outro alto dignitário eclesiástico, como bispo ou arcebispo.

PORTA SANTA É uma grande porta localizada no Vaticano, na Basílica de São Pedro. O Romano Pontífice abre a chamada Porta Santa por ocasião dos Jubileus, a cada 25 anos, simbolizando assim a abertura da todos à Salvação trazida por Nosso Senhor Jesus Cristo.

PREGAÇÃO Explicação sobre a doutrina cristã onde se esclarece os fundamentos da religião e convida todos a seguí-la.
PRESBITÉRIO É a parte da igreja reservada aos oficiantes. Nas basílicas paleocristãs, o presbitério está situado normalmente na parte absidal e separado do resto do edifício pelo altar e por balaustradas e plúteos. Com freqüência era mais elevado, seja para ressaltar a sacralidade do lugar, seja para tornar bem visível o desenrolar das funções. Debaixo dele, especialmente no período românico, abria-se a cripta. Quase sempre presente a seguir, teve particular desenvolvimento no período gótico. É ainda hoje o núcleo vital do edifício religioso e compreende os elementos fundamentais para a prática litúrgica: altar, cátedra episcopal, bancos ou assentos para os sacerdotes, ambão e, em alguns casos, schola cantorum.
PURITANO Aquele que observa os ritos religiosos com muito rigor, assim como o despojamento no culto e a austeridade moral. Aplica-se aos adeptos dos presbiterianismo e anglicanismo, que se atinham rigorosamente à leitura da Bíblia, pedindo que a doutrina e os ritos anglicanos fossem purificados.
QUARESMA É o período litúrgico de 40 dias que a Igreja celebra em preparação para a Páscoa. Vai da Quarta-feira de Cinzas até a liturgia vespertina de Quinta-feira santa. Tendo se desenvolvido por volta do século IV baseada em rica simbologia bíblica (os quarenta dias dos hebreus no deserto, os quarenta dias de Jesus no deserto, a pregação de Jonas aos ninivitas), a quaresma logo se caracterizou como tempo de preparação dos catecúmenos para o batismo da Páscoa, como tempo penitencial de preparação dos penitentes para a solene reconciliação de Quinta-feira santa e como tempo para uma prática cristã mais intensa estendida a todos os fiéis. Teve, enfim, influência sobre a quaresma a prática do jejum, práxis habitual da primitiva celebração cristã da Páscoa. O tempo desse jejum variava de um comunidade para outra.
RELÍQUIAS Corpo ou parte do corpo de algum santo ou coisa preciosa, rara ou antiga, a que se dedica grande valor e veneração. Pequenos despojos de um santo, como ossos ou objetos pessoais.
RESSURREIÇÃO A ressurreição de Cristo é base da fé do cristianismo, e é em torno desse acontecimento que gira todo o mundo cristão. Através da ressurreição, Cristo mostrou a sua esperança diante da morte, afirmando que Deus ressuscita os justos e glorifica os mártires. Além disso, crer na ressurreição significa acreditar em Jesus como Messias, Filho de Deus e Senhor vencedor da morte e do pecado.

RITOS Conjunto de gestos, ações, cerimônias e formas de culto próprias de uma igreja.
ROMA Capital do império romano, capital do catolicismo e centro de peregrinação.
ROMARIA Peregrinação de fiéis com destino a algum lugar religioso.

ROSÁRIO É a prática religiosa católica que consiste na recitação de quinze dezenas de Ave-marias, contadas no terço do rosário, precedidas por um Pai-nosso e seguidas por um Glória. Após cada dezena intercalam-se as leituras dos mistérios (gozosos, dolorosos, gloriosos) correspondentes a fatos da vida de Maria e de Jesus.


SACRAMENTO Ritual destinado a santificar os homens, é o sinal visível da graça.
SACRIFÍCIO Nas religiões antigas era comum o sacrificar às divindades para conseguir uma benevolência ou mesmo agradecer algum benefício obtido, já no Antigo Testamento aparece a oferta de animais ou de produtos da terra a Deus. Os sacrifícios humanos também aconteciam, mas foram suspensos quando Abraão, prestes a sacrificar seu próprio filho, Isaac, tem a visão de um anjo que o impede de consumar o fato. Para o Novo Testamento a morte de Cristo significou um sacrifício de expiação para os cristãos.
SACRISTIA Local da igreja onde se guardam objetos sacros.

SALMO Denomina-se salmo uma coleção de 150 cânticos que devem ser acompanhados com instrumentos de corda. Há os salmos de louvor, de ação de graças, penitenciais, de lamentação e alguns messiânicos, formando, assim, um gênero literário e uma fonte de inspiração religiosa.

SALVAÇÃO Acesso do homem à vida eterna através da libertação do pecado e do sofrimento.
SANGUINIUM Pequena peça de pano que o sacerdote se utiliza para lavar e enxugar os Cálices Sagrados depois da Consagração do vinho na missa.

SANTO No Antigo Testamento é considerado santo todo aquele que é consagrado a Deus. Depois do século XVI passou a designar a pessoa que vive dentro dos ensinamentos católicos. O culto dos santos nasceu do culto dos mártires no século II.
SANTUÁRIO Local dedicado ao culto divino.

SCHOLA CANTORUM Na basílica paleocristã, a "schola cantorum" é o espaço que está em frente ao altar, reservado aos cantores ou a outros participantes dos ritos e delimitado por plúteos ou balaustradas dispostos em planta retangular, como, por exemplo, em São Clemente e em Santa Sabina, em Roma. Dos dois lados longitudinais do recinto encontravam-se, às vezes, dois balcões chamados ambões a que se tinha acesso mediante uma escadinha e de onde se faziam as leituras ou se cantava. As funções, depois do início da Idade Média, foram transferidas para o coro e coral. Desde o início da liturgia católica é também chamado de schola cantorum o grupo de cantores e a instituição de que eles fazem parte.
SÉ É a igreja-mãe de uma arquidiocese, a sede oficial do governo eclesiástico dentro de uma determinada circunscrição. É a coordenadora das atividades das igrejas a ela filiadas.

SÉDIA GESTATÓRIA Espécie de grande trono onde se senta o Romano Pontífice em ocasiões especiais. É carregado por auxiliares do Papa.

SOBREPELIZ Na liturgia católica, a sobrepeliz é uma túnica branca de linho ou algodão que vai até os joelhos, com amplas mangas, usada pelos clérigos e pelos sacerdotes nos ritos fora da missa. Seu simbolismo é variado: nas palavras com que o bispo a impõe ao clérigo que recebe a tonsura, a fórmula do pontifical faz referência ao candor que representa o estado de graça da alma.
SOLIDÉU Consiste em uma pequena touca parecida com o kipá judaico que é usada por diversos religiosos, inclusive o papa, os cardeais, bispos, arcebispos, prelados e abades da Igreja.

SUMA TEOLÓGICA Obra que apresenta o saber teológico dos séculos XIII e XVI.
TABERNÁCULO Entre os antigos hebreus, o tabernáculo era o santuário portátil que continha as tábuas da Lei. Na Igreja cristã, a partir do século XII, chamava-se tabernáculo o nicho fechado que continha a Eucaristia, inicialmente na parede junto ao altar e depois colocado sobre o próprio altar (cibório), disposição que se tornou obrigatória por ato do papa Paulo V, em 1614. Em sua forma externa, o tabernáculo pode ter estrutura diferente, mas deve respeitar algumas normas básicas, como a de ter uma só porta, ser iluminado pelo lado de fora e ser coberto por um pano (conopéu) com a cor litúrgica do dia.
TEOLOGIA Conhecimento das coisas divinas em geral ou ciência das verdades reveladas por Deus.
TERÇO É a terça parte do rosário.
TRANSEPTO Nas basílicas cristãs e em muitas igrejas de planta longitudinal, é o espaço disposto ortogonalmente ao eixo maior, compreendido entre a abside, o coro e as naves.
TRANSUBSTANCIAÇÃO É um termo introduzido pelos teólogos da Idade Média e depois aceito na linguagem dos documentos oficiais do magistério eclesiástico até sua canonização no decreto sobre a Eucaristia do concílio de Trento, para exprimir da maneira mais correta possível a transformação em virtude da qual o pão e o vinho preparados para a Eucaristia tornam-se no momento da consagração o corpo e o sangue de Cristo. A fé dos cristãos, lembrados do gesto realizado por Jesus na última ceia e obedientes a seu convite de renová-lo sempre, confessa que, quando sobre o pão e o vinho eucarísticos são pronunciadas pelo sacerdote as palavras de Jesus, o poder criador infalível daquelas palavras é tal que operam a transformação que indicam. Os dois elementos deixam de ser pão e vinho e tornam-se o que são declarados na fórmula-narração da consagração: "Isto é o meu corpo"; "Este é o cálice do meu sangue". É bom lembrar que "exprimir" não equivale a "explicar".
TRINDADE A crença na Trindade é o fundamento da fé cristã. Muito resumidamente, explica-se a Trindade como fé dos cristãos em um só Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Essa é a base do monoteísmo cristão, que se fundamenta na explicação de que Deus é “um só Deus em três pessoas distintas numa única substância” (Concílio de Nicéia, ano 325, e de Constantinopla, 381).

TURÍBULO O turíbulo é um recipiente de metal em que se queimam perfumes com finalidade religiosa. Conhecem-se turíbulos de diversas formas e dimensões, que, no entanto, reduzem-se a dois tipos: um fixo, em forma de pequena bacia com suporte, outro móvel em forma de lata com tampa furada e às vezes oscilante mediante o emprego de correntes.
UNÇÃO Ação de ungir. Os hebreus faziam unções na consagração dos sacerdotes, dos reis e dos altares.

VIA-SACRA Segundo a tradição cristã, a Via-sacra é o caminho percorrido por Jesus, ao carregar a cruz do pretório, onde foi condenado, até o alto do Calvário, onde foi crucificado. Já pouco depois de sua morte, os primeiros cristãos e muitos peregrinos refaziam, como penitência, o caminho de Jesus, passando pelos mesmos lugares por que Ele passara. Todavia, como não era possível que todos os cristãos fossem à Terra Santa, difundiu-se o costume, depois das Cruzadas, de reviver idealmente o caminho do Calvário, por intermédio do percurso de determinados trajetos ao longo dos quais eram postas reproduções dos principais momentos da paixão de Cristo. Esse costume, introduzido primeiro na Espanha, propagou-se depois pela Europa por mérito dos franciscanos menores, e essas representações passaram a se chamar estações. Seu número e ordem a princípio não era fixo. No fim do século XVII, estabeleceu-se que seriam 14 estações, tanto na Via-sacra de Jerusalém como na dos outros lugares (de modo especial devem ser lembradas a Via-sacra do Coliseu, em Roma, erigida em 1750, a do Sacro Monte de Varese, a de Varallo etc.).
VIGÍLIA Uma vigília de orações é uma noite (ou boa parte dela) passada em oração, na expectativa de um evento excepcional. De modo especial, celebra-se a vigília de Páscoa entre a noite de Sábado santo e o Domingo de Páscoa.
VINHO O vinho simboliza, em diversas religiões, a refeição que alegra o coração do homem. Para os cristãos, o vinho faz parte de liturgia por ter sido usado na Santa Ceia. Toda a tradição cristã viu no vinho uma ligação com o Espírito Santo. O mesmo se vê em outras tradições, que dizem ser a embriagues uma forma de acesso ao mundo dos deuses. Na liturgia cristã, o vinho é usado na celebração da missa, misturado com um pouco de água, pois segundo os orientais, o vinho simboliza a natureza divina, e a água, a natureza humana de Jesus Cristo.

VIRGINDADE O Cristianismo sempre cultivou o ideal da virgindade que é considerada santa quando se busca Deus como fonte de amor.

VOCAÇÃO Apelo de Deus convidando alguém a ir até Ele ou sentimento interior onde uma pessoa se sente chamada à vida religiosa.
Fonte: Coleção "Santo do Dia" da Editora Casa Dois e o Site Jubilaeum

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